quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Far Play Financeiro

Na semana passada, o presidente da Uefa, o ex-jogador Michel Platini, anunciou através da página oficial da entidade uma série de medidas que visam um maior equilíbrio financeiro no futebol europeu, principalmente nos valores pagos de transferência e folhas salariais, e que foi qualificado como a campanha do fair play financeiro (Financial Fair Play) na Europa.
O peso deste anúncio reside no fato de estar respaldado pelo Comitê Estratégico do Futebol Europeu, que envolve representantes das Ligas (EPFL), clubes (ECA), federações (Uefa) e jogadores (FIFPro), ou seja, em tese transparece uma iniciativa louvável de tornar o futebol um produto atraente para investidores sérios, ao investir em políticas austeras e transparentes para o futebol.
Dentro dessa estrutura do conceito do fair play financeiro, a Uefa criou o Painel do Controle Financeiro dos Clubes, composto por um grupo de especialistas em leis e finanças no intuito de auditar os clubes europeus para auxiliá-los no cumprimento de um fundamento básico, eu diria até primitivo em economia básica: os clubes não devem gastar mais do que geram de receita.
Entre os objetivos desse Comitê, destacam-se: os clubes não poderão gastar repetidamente mais do que as receitas geradas; serão criadas normas sobre os gastos em salários e transferências, bem como indicadores da sustentabilidade dos níveis de dívida e os clubes serão obrigados a honrarem sempre os seus compromissos.
O conceito é sensacional em termos de progresso para que o futebol se torne um produto ainda mais atraente aos investidores, e poderíamos ficar animados com as possibilidades que essas propostas criariam para o esporte, inclusive caso internacionalizem essas medidas para alcançar, por exemplo, o futebol brasileiro, mas cabe cautela na análise do suposto reordenamento do futebol mundial.
Um exemplo é a criação, desta vez pela Fifa, do Transfer Matching System, onde os clubes e federações teriam um mecanismo de transparência para as transferências de jogadores, além de agilizar a emissão do certificado de transferência internacional no modo online. Os dados seriam facilmente checados na origem da transferência e no seu destino, e terminaria com os pagamentos ilegais e a lavagem de dinheiro que pode ser efetuada através das transferências de jogadores. O mais importante, contudo, não fica claro: existirá uma fiscalização mais dura na declaração de renda dos atores envolvidos nesse tipo de negócio? Quem regulará se os dados fornecidos ao sistema correspondem com a realidade do negócio?
Outro exemplo é tanto a política denominada “6+5” do presidente da Fifa Joseph Blatter, quanto à 'Homegrown Players Rule' introduzida pela Uefa, ou até mesmo a iniciativa da Federação Inglesa em implementar cotas para jogadores formados nas divisões de base da Inglaterra e País de Gales, nos clubes locais. As regras têm peculiares diferenças (principalmente a inglesa, que é flexível na definição do jogador formado na Inglaterra, não exigindo a nacionalidade inglesa a esses jovens jogadores), mas no bojo têm o mesmo sentido geral: preservar as raízes nacionais do futebol praticado em cada país europeu, fortalecendo assim as suas identidades, representadas nas seleções nacionais.
Porém, vai de encontro ao processo cada vez mais evidente do fortalecimento do futebol como produto de uma atividade econômica forte, a ser vendida para o mundo todo via licenciamento de marcas, venda de camisas, direitos de transmissão televisiva, dentre outras iniciativas que cada dia se tornam requisitos para o progresso financeiro dos clubes.
Ou seja, de um lado do cabo de guerra, encontram-se os detentores do negócio envolvendo seleções nacionais e seus respectivos torneios, com medidas para fortalecer seus produtos (Copa do Mundo, Eurocopa, Copa das Confederações) através de cotas para jogadores nacionais nas Ligas de seus países. Na outra ponta, os grandes clubes europeus, sedentos por novos mercados e maior mercado consumidor, tendo nas políticas de cotas anunciadas pela Fifa e pela Uefa como inibidores do processo de internacionalização de suas marcas, através de um projeto de Superliga Europeia. Aguardemos o resultado dessa disputa, que será decisiva para demarcar o futuro do futebol profissional mundial nos próximos anos.
Fonte:trivela.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Chelsea 2 x 0 Liverpool

O Chelsea é o novo líder do Campeonato Inglês. O time de Carlo Ancelotti aproveitou o empate de sábado do Manchester United com o Sunderland e venceu o clássico contra o Liverpool por 2 a 0 neste domingo, no Stamford Bridge, pela oitava rodada. O nome do jogo foi Drogba, que deu o passe para os gols de Anelka e Malouda.
Assim, os Blues somam 21 pontos, dois a mais que os Diabos Vermelhos. O Liverpool fica com 15 pontos em quinto lugar, atrás do Arsenal por causa do saldo de gols (14 a 10). O terceiro lugar é do Tottenham, que tem 16.
Em um clássico movimentado, mas sem gols no primeiro tempo, o Chelsea garantiu a vitória na etapa final em duas jogadas de Drogba, que não marcou mas deixou os companheiros na cara do gol.
Aos 14 minutos, o argentino Mascherano perdeu a bola para Essien no meio-campo. O volante tocou para Deco, que achou Drogba pela esquerda. O africano avançou pelo lado da área e cruzou para Anelka pegar de primeira, dentro da pequena área, sem chance para o goleiro Reina.
O segundo gol saiu aos 46. Drogba ganhou jogada pela direita, se livrou da marcação e rolou para Malouda tocar para o fundo da rede, também dentro da pequena área.
Além de Deco, naturalizado português, os brasileiros Lucas e Fabio Aurélio entraram em campo pelo Liverpool. O lateral-direito Belletti ficou no banco do Chelsea.
Mais cedo, West Ham e Fulham empataram em 2 a 2, também em Londres. O resultado deixa os Hammers na zona de rebaixamento, com cinco pontos. O Fulham tem sete, em 15º. Everton e Stoke City ficaram no 1 a 1, em Liverpool. O time do brasileiro Jô soma dez pontos, em décimo, e o rival aparece em 11º, com nove.
No Emirates Stadium, o Arsenal goleou o Blackburn por 6 a 2 e assumiu a quarta colocação. A rodada termina na segunda-feira, quando o Aston Villa recebe o Manchester City. Se vencer, o clube de Robinho, que tem 15 pontos em seis partidas, empatará com o Chelsea na segunda colocação.



Fonte: globoesporte.com